Ameaça com asas



Você sabia que as conhecidas aleluias são na verdade cupins? E que podem acarretar sérios problemas após perderem suas asas e sumirem no ambiente?

Estes insetos conhecidos como siriris ou aleluias são responsáveis pela reprodução dos cupins. Isso acontece porque estas formigas aladas, são cupins machos e fêmeas férteis que voam com um único objetivo de encontrar um par para acasalamento e buscam no ambiente um local para formar o ninho.

O perigo dos cupins. Atraídos pelas luzes ultravioletas, onda de luz emitida pelas lâmpadas, e o calor, esses insetos invadem os ambientes em bandos. Para muitas pessoas, o aparecimento deles é uma forma de prever a chegada da chuva, mas, o que buscam de verdade nesta época é o acasalamento para formar uma nova colônia. Com sobrevivência de 25 a 30 anos, sua reprodução pode colocar de 30 a 80 mil ovos em um único dia. As colônias de cupins podem sobreviver por muito tempo e a fêmea sempre procriando. Caso o rei ou a rainha morram, são prontamente substituídos pelos reprodutores de substituição que se encarregam das funções de reprodução dando continuidade ao crescimento da colônia.

Nas revoadas, que acontecem dentro de casa ou em ambientes fechados é necessário observar a ação, pois os insetos se livram das asas e procuram algum abrigo para se procriar. As espécies mais comuns nas áreas urbanas são o cupim de madeira seca (Cryptotermes brevis), o cupim subterrâneo (Coptotermes gestroi) e o cupim arbóreo (Nasutitermes). No meio urbano, o cupim subterrâneo é a espécie que tem potencial para causar prejuízos maiores, tanto à saúde quanto ao patrimônio.

Cuidados redobrados. Toda estratégia de controle dos cupins parte inicialmente da identificação da espécie ocorrente. Quando existe uma infestação no ambiente, o mais indicado é buscar uma empresa especializada para eliminá-la. O tratamento ocorrerá de forma diferente conforme a espécie de cupim que infesta o local.

Nesses casos são indicados tratamentos químicos. Quando o problema for num apartamento, é bom avisar a vizinhança para que fique alerta. Infelizmente, cupins não estragam apenas móveis e portas, eles podem destruir bem mais que isso.

Os riscos como destruição de bens materiais de madeira, desabamento de tetos com forrações de madeira, danificação de livros, obras de arte em pintura, árvores, prejuízos de patrimônios e, além disso, podem causar incêndios, pois os cupins infestam os pontos de fios de luz e dutos elétricos.

Estar atento de onde vem uma revoada pode ajudar a localizar o local da origem dos insetos. Quando acontece no interior do ambiente, é preciso ficar em alerta aos indícios de proliferação. O que pode ajudar a prevenir a entrada deles em casa é o uso de telas em portas e janelas ou até mesmo mantê-las fechadas, além de colocar um tipo de luz anti-inseto, que emite menos ultravioleta. Apagar as luzes e deixar apenas um ponto iluminado pode ajudar na remoção e na identificação da espécie por um especialista.